Bom te Ver




No gargalo do desespero e dos desejos enfim te encontro.
Numa doçura promiscua tomo teus lábios em puro veneno e superficialidade. Desejo-te mais que tudo.
O jogo de braços e mãos espertas me tira o senso do vulgar e impregna o doce forte do teu cheiro nas minhas roupas. Roupas que querem logo saltar e desertar o corpo que queima como lava.
Em meio a sussurros e caricias nervosas que não me deixam abrir os olhos sinto-lhe a boca nos ouvidos. Carne sensível que perfuras com a língua e o ar quente dos pulmões..., você me conhece bem..., sua...
Arranca-me um aperto nas roupas e um som de prazer na sua brincadeira, agora já sabe que sou quase seu.
O coração mistura tudo numa forte adrenalina que corre tão ardentemente nas veias a ponto de se sentir. Cada membro do corpo reage de uma forma de tal maneira a fazer-me notar que não tenho controle de mais nada.
Num movimento sutil entre o rápido e o maldoso me crava as unhas nos ombros. Só consigo expressar minha suplica num ardente beijo que corre enquanto desliza tuas mãos pelo meu corpo.
O fogo da pele já não suporta mais os panos. Suas mãos vêem como lagartos pegajosos e tiram-me lentamente a camisa enquanto desabotôo o ultimo dos quatro botões da sua blusa.
A repulsão dos panos logo dá lugar ao desejo incontrolável de manter em contato o quente das nossas peles.
Quente que aconchega;
que dá prazer;
que excita;
e que faz o maldito favor de me acordar num infernal calor de quarenta graus em plenas sete horas de domingo.

Amor impuro sem sentido que me aquece num fogo mortal de desejo. Bom te ver.

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